Desde os anos 60 que temos uma exploração agro-pecuária de sequeiro nos moldes tradicionais alentejanos, ou seja cereais e vacas. Em finais de 80 e com a nossa adesão à Comunidade Europeia, fomos confrontados com uma nova realidade, dado que as culturas tradicionais iriam ter grandes dificuldades em competir com os nossos colegas europeus num mercado aberto.
Assim convertemos em regadio uma parcela de 26 hectares: em 1997 plantámos 13 hectares de olival (azeitona de conserva), e em 1999, 12 hectares de vinha. Passados três anos apercebemo-nos de que não seria nada fácil comercializar as uvas pois a oferta era já muito superior à procura. Entendemos, por isso, que o caminho seriacriar condições para vinificarmos a nossa produção. Dito e feito.
Com a supervisão dos enólogos - engenheiro João Melícias e engenheiro Jorge Páscoa - construímos e equipámos tecnicamente uma adega adaptada à nossa dimensão.
A vinha está instalada na herdade «Reguengo do Souzão», na posse da família Fernandes de Moura desde Agosto de 1934, data em que foi adquirida à Rainha Dona Amélia de França e Bragança, conforme escritura que conservamos e que, devido às personagens envolvidas, constitui um documento interessantíssimo para ser interpretado nos dias de hoje.
Nesta vinha produzimos, - em Produção Integrada - as uvas tintas das castas Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, que dão origem ao Reguengo do Souzão; e destas elegemos as melhores para obtermos o «Reserva».
Partilhar |