A Cooperativa foi fundada em 1951 como produtora de Azeite, possuindo um parque de máquinas e mútua de gado. Anos mais tarde começou a produzir vinho e chegou, inclusive, a produzir uma muito aplaudida aguardente de figo.
Teve o seu momento mais alto, no que concerne à produção de vinhos, no final da década de 1980 com o prémio de Campeão do Mundo, numa competição que decorreu na Ex-Jugoslávia. No início deste século, as alterações que ocorreram no mercado dos vinhos, conduziram ao período mais difícil da Cooperativa, porque teve dificuldade em se adaptar às novas exigências impostas, nomeadamente em termos de evolução tecnológica e comercial.
Em 2007, com a entrada de uma nova direcção, ainda em funções, deu-se o ponto de viragem no caminho descendente que lhe estava fadado. Reestruturaram-se os recursos humanos, e apostou-se na qualidade, tendo a Cooperativa em final de 2009 quintuplicado a facturação.
A área de influência da Cooperativa Agrícola de Granja, situada na margem esquerda do Guadiana e a fazer fronteira com grande parte do lago de Alqueva, é uma das zonas mais preservadas da paisagem alentejana, dada a sua interioridade. Por isso, ainda mantém tradições agrícolas e culturais que já é difícil de encontrar noutras paragens.
Em termos vitícolas, uma das originalidades locais é a existência de bastantes vinhas em pé-franco, isto é, não enxertadas, que permitem recuar aos tempos anteriores à filoxera. Os vinhos dessas vinhas, nomeadamente de Moreto antigo, são diferentes de todos os vinhos alentejanos, merecendo especial atenção por parte dos enófilos e dos profissionais ligados ao sector.
Em termos tecnológicos, é de realçar a vitalidade da produção de vinho de talha, segundo o processo romano, inspirado na tecnologia das villas romanas existentes na região a partir do séc. II. Uma visita às pequenas adegas dos produtores de vinho de talha, que poderá ser organizada pela Cooperativa, é recuar quase vinte séculos no tempo, proporcionando uma experiência fascinante.
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